sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Hitsuzen: Capítulo 54



Touya olhou o relógio, um tanto preocupado. Ele não tinha certeza se aquela idéia daria muito certo. Talvez devesse ter pedido a Rika que acompanhasse Otsu afinal. Ele não se lembrava de ter visto a hime perambulando sozinha por Asahikawa antes. O que ele faria se ela se perdesse?

Contudo, para conseguir despistar Haruhiro, ele tivera de vir mais cedo para Asahikawa. Se o amigo perguntasse “O que você vai fazer esse final de semana?”, ele certamente acabaria por entrar em apuros.

Para se distrair, ele repassou mentalmente o percurso que tinha planejado para aquele dia: iriam de manhã fazer compras, depois pegariam o metrô para almoçarem no restaurante onde tinham ido com Rika quando da primeira vez que saíram e, por fim, ele a levaria ao cinema... Tudo milimetricamente planejado para que não perdessem o horário do trem ao pôr-do-sol e conseguissem voltar para Suzuko sem alarde.

Parecia, entretanto, que a cada minuto que passava, ele encontrava mais falhas em seu plano perfeito e estava ficando ligeiramente paranóico com isso. Como Haruhiro conseguia mentir com tanta facilidade?

Ele detestava mentir...


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Drama-Romance/PG-16

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Estréia - De Terror


Estrelada pelos personagens do TnJ...Várias histórias de terror, com participações de autores convidados!

Mistério-Terror/PG-13


Aproveitando a deixa..

Ei, vocês sabiam que dia 19 de janeiro comemoramos o centenário de nascimento de Edgar Allan Poe, o famoso autor do poema "O Corvo"?

O CORVO
de Edgar Allan Poe
na tradução de Fernando Pessoa

Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."

Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!

Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais".

E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando- os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.

A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.

Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
"É o vento, e nada mais."

Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.

E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
Disse o corvo, "Nunca mais".

Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome "Nunca mais".

Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".
Disse o corvo, "Nunca mais".

A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
Era este "Nunca mais".

Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele "Nunca mais".

Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!

Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
Libertar-se-á ... nunca mais!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Xin nian dao! Xin nian dao!

E hoje começamos o ano novo chinês, ano do Boi, do Davi e da Ísis na nossa equipe. Um ano cheio de objetivos e sonhos... Um ano que esperamos que traga muitas realizações.

Claro que, entre as primeiras realizações do ano novo, voltamos com a Amaterasu cheia de novidades. O mais óbvio é o layout novo, presente da Luzinha, nossa querida web-designer do Expresso, que conta várias participações especiais aqui no site. Além do layout, contudo, fizemos uma super-revisão do guia e das fichas dos personagens.

Talvez vocês já tivessem notado algumas das novidades em dezembro, especialmente na parte dos personagens secundários, como a adição dos signos chineses dos personagens e as séries a que eles pertencem (nem todos têm esse ponto ainda porque alguns são de séries ainda inéditas).

As fichas principais, contudo, foram quase que totalmente reformuladas. Dolls novas, anos de nascimento e, o principal: os links para download das músicas-tema dos personagens. Maho e Tetsu ganharam fichas individuais e Tomoe e Shigure, da série Feito Cães e Gatos, também têm suas próprias fichas agora, cujos links estão disponíveis direto na página de FCeG.

Como preferimos adotar um visual "limpo" para o site, fizemos uma "faxina" no layout. As séries completas foram todas para uma área própria, onde ficam disponíveis os banners e os resumos e onde vocês podem escolher confortavelmente o que querem ler (ou reler a depender do caso).

Há seções novas também nos extras - inauguramos hoje a parte do xadrez hitsuzen, com as peças que já foram liberadas todas juntinhas. E, para deleite de todos que tenham um senso de humor tão estranho quanto o da nossa equipe, liberamos a página dos "clubes" privados do staff - afinal, nós também torcemos e nos desesperamos com nossos personagens. ..

A página da equipe está de cara nova, inspirada nos signos chineses - as novas dolls estão todas em referência ao animal a que pertencemos. Eu, por exemplo, sou um tigre... ou uma tigresa, né?

Vejamos, vejamos... o que mais tenho a anunciar... Ah, sim! Para completar nosso super pacote de volta dos hiatus, quarta-feira estréia série nova: De Terror, trazendo os personagens de Tsuioku no Joukei num ambiente bem diferente... e tenebroso. Para essa série, tivemos, inclusive, uma convidada especial: a Raven, colega escritora do Expresso.

Em resumo, é isso, minna-san. Esperamos que se divirtam com as novidades e que saiam fuçando todo o site para descobrir tudo o que aprontamos nas férias. Por agora, fiquem com capítulo novo de TnJ - o início da segunda fase da série com mais confusões e um pouco mais de romance...

Afinal, a turma agora chegou a adolescência. ..


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Mistério-Drama-Terror/PG-13


Nota: Tivemos um pequenino problema com o layout que estreiamos ontem e precisamos trocar. Esperamos que gostem desse novo lay. ^^